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Educação ambiental mobiliza veranistas para proteção de tartarugas no Atalaia em Salinas

Técnicos do órgão orientam os visitantes sobre o ciclo reprodutivo das espécies, da desova ao momento em que os filhotes rompem os ovos e se dirigem ao mar

22/07/2025 05h41
Por: Redação
Fonte: Agência Pará
Foto: Beatriz Rabelo (Ascom/Ideflor-Bio)
Foto: Beatriz Rabelo (Ascom/Ideflor-Bio)

Mais um final de semana de julho com a promoção de ações de educação ambiental aconteceu na Praia do Atalaia, em Salinópolis, nordeste paraense, neste sábado (19) e domingo (20). A iniciativa é uma realização do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio).

Foto: Beatriz Rabelo (Ascom/Ideflor-Bio)

As atividades ocorrem na área conhecida como Ponta da Sofia, ao lado da barreira que impede a entrada de veículos motorizados a partir do 3º atalho de acesso ao balneário. A medida atende à recomendação do Ministério Público do Pará (MPPA), ratificada pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA), e busca proteger uma das áreas com maior incidência de desova de tartarugas marinhas no litoral paraense.

Foto: Beatriz Rabelo (Ascom/Ideflor-Bio)

A região abriga atualmente um berçário com cerca de 130 ovos de tartaruga, protegidos em um espaço monitorado 24 horas. Técnicos do órgão orientam os visitantes sobre o ciclo reprodutivo das espécies, desde a desova até o momento em que os filhotes rompem os ovos e seguem em direção ao mar. O acesso à faixa de areia é liberado apenas para pedestres e banhistas.

Material educativo é utilizado com público infantil

A programação ambiental conta ainda com atividades voltadas ao público infantil, com distribuição de cartilhas educativas, desenhos para colorir e jogos que apresentam de forma lúdica as espécies de tartarugas que desovam na região. Aos finais de semana, o Ideflor-Bio distribui kits sustentáveis com ecobags, viseiras, copos reutilizáveis e materiais informativos, com foco na conscientização das famílias sobre a importância de preservar o ecossistema costeiro.

Foto: Beatriz Rabelo (Ascom/Ideflor-Bio)

Conscientização - “A presença das famílias e, principalmente, das crianças, nesse processo de educação ambiental é essencial. É um momento de aprendizado e de criação de vínculos afetivos com a natureza. A gente acredita que quem conhece e entende, cuida”, destaca a bióloga Lorena Lisboa. Ela acompanha as ações no local e considera o contato direto com o ambiente, onde as tartarugas se reproduzem, uma experiência transformadora.

Foto: Beatriz Rabelo (Ascom/Ideflor-Bio)

Ao lado da barreira física montada para impedir a circulação de veículos, o estande de educação ambiental se transformou em ponto de encontro de veranistas, onde rodas de conversa e oficinas têm despertado o interesse dos visitantes. “É uma oportunidade de ensinar às novas gerações o valor da natureza. Minha filha ficou encantada ao saber que as tartarugas vêm aqui para pôr seus ovos”, contou a professora Camila Rocha, que passava o fim de semana na praia com a família.

Foto: Beatriz Rabelo (Ascom/Ideflor-Bio)

Integração -De acordo com o diretor de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação do Ideflor-Bio, Ellivelton Carvalho, o trabalho integrado de educação, fiscalização e sensibilização tem contribuído significativamente para a redução de impactos ambientais. “O nosso objetivo é garantir que essa área continue sendo um refúgio seguro para as tartarugas marinhas. Estamos combinando proteção ativa com ações educativas que envolvem a comunidade e os visitantes de forma positiva”, afirmou.

Foto: Beatriz Rabelo (Ascom/Ideflor-Bio)

Com o reforço nas ações durante o mês de julho, período de alta temporada no litoral paraense, a expectativa é de que centenas de pessoas sejam sensibilizadas a respeito da importância de respeitar as áreas protegidas. O trabalho é contínuo e faz parte da missão institucional do Ideflor-Bio de promover o uso sustentável dos recursos naturais e a valorização das Unidades de Conservação no Pará.

Foto: Beatriz Rabelo (Ascom/Ideflor-Bio)

Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, o papel das ações preventivas e educativas contribui para a conservação da biodiversidade marinha. “A Praia do Atalaia é um dos cartões-postais mais visitados do Pará, e temos o dever de conciliar esse uso com a proteção da fauna. A preservação das tartarugas marinhas é uma prioridade, e a educação ambiental é a ferramenta mais poderosa que temos para garantir o futuro dessas espécies”, destacou.

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